quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O cinema como prática social

É indiscutível o papel do cinema no processo da formação de opiniões do cidadão. Uma formação que pode ser alienadora, mas que se bem aproveitada pelo telespectador, pode ser uma fonte de conhecimento e cultura.
Desde a Grécia antiga, nos teatro à praça publica, até os dias de hoje, nas telonas, a mídia funciona como uma forma de protesto, ou como uma forma de incentivo cultural, veículo de comunicação e meio de informação. Por volta de quinhentos anos antes de cristo, Ésquilo criou a peça Prometeu, que além de entreter, continha forte conotação moral para a época, falando de punição dos deuses para aqueles que desobedecessem as leis divinas. Da mesma forma o cinema continua influenciando e participando da formação moral popular. Alguns filmes como “Harry Potter”, “Homem Aranha”, “O retorno do Super-Homem”, campeões de bilheteria, possuem forte teor moral, mostrando a luta de mal e bem, onde os que fazem o bem são sempre recompensados no final, da mesma forma que o teatro grego. Estes filmes, além da moral, possuem também uma grande carga cultural do seu país de origem, como é o caso de Homem Aranha e O retorno do Super-Homem, que além de mostrar a vida dos cidadãos americanos, demonstra o ideal nacionalista deles, representado pelos uniformes com as cores da bandeira, e aspectos patriotas dos próprios personagens. Outros filmes também declaram sua carga política-economica na venda do Way of life, o estilo de vida norte-americano, que foi copiado pelo mundo inteiro, representado pelo consumismo e pelo padrão conservador das estruturas familiares.
No período de guerra fria, o cinema americano funcionava como propaganda do governo, enaltecendo os feitos americanos e de suma importância para seu destaque na economia e política globalizada atual. Um exemplo claro da manipulação da historia pelo governo a fim de exaltar o patriotismo foi o filme Rambo, que mostrava os americanos como os verdadeiros heróis de guerra. O filme foi sucesso de bilheteria e fundamental para a construção da imagem americana exterior.
Dessa forma, fica explicito o importante papel do cinema, tanto na área cultural, quanto política. Um importante veículo de informação e conhecimento, e claro, uma excelente forma de entretenimento.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Hoje eu vejo as pessoas, ocupadas demais pra viver. Impacientes demais para apreciar um pôr-do-sol, e entretidas demais em ganhar dinheiro para apreciar um sorriso que não seja o seu no espelho.Esquecemo-nos que somos apenas mais matéria orgânica, podre por sinal, e somos feitos de átomos tanto quanto aquela pedra que chutei na rua. Esquecemos disso e pensamos que somos o centro do universo, e o que fazemos é pra aparecer. A vida toda sem viver, apenas existindo. E não, não é a mesma coisa.Você não é seu carro, você não e suas roupas, nem quanto tem na sua conta bancária, e você tambem não é quem pensa que é, você é quem os outros pensam que voce é, pessoas que você odeia demais, mas faz de tudo pra agradar, não por ser uma pessoa boa, mas porque quer popularidade, quer aparecer pra mostrar o ego inutil.Não fazemos a faculdade que gostamos, vamos à escola mesmo sem querer, e estamos frustrados por ter que aturar tudo isso. Somos frustrados.A televisão nos faz querer comprar, ela formula nossas cabeças. E nós deixamos. Ela fala que um dia seremos ricos, ela fala que seremos famosos: Você é?Somos marcados pelo signo da mediocridade, e a humanidade se divide em dois grupos: os que tentam apagar esse signo e os que não se importam. O Hoje, o Agora, é o momento que decidimos o que seremos. Decidimos se vamos ser mais um número, uma estatística, uma nota pregada na parede, ou se seremos alguem que é, alguem que pensa, alguem que vive.