E a gente continua a vibrar quando ouve que o batalhão de operações da policia especial está para invadir uma nova favela. A televisão, principalmente, faz parecer que tudo é apenas um filme, e que depois que subirem os créditos na telona o mundo vai ser feito um jardim florido. Esqueceram-se dos direitos humanos? Que surto de patriotismo surge assim de repente?
Não que eu seja um dos grandes defensores dessa grande piada que vem sendo contada há 62 anos, aliás, a ideia é linda, mas o que vem acontecendo mostra o quanto ela é volátil.
Como futura sede de dois grandes eventos mundiais, o estado se desespera é vê que terá que dar conta de um problema, que não foi resolvido em décadas, em quatro anos. E nesse ponto a mídia entra, fazendo com que além de apoiarmos uma carnificina que mais parece um filme do Rambo, idolatremos aqueles que não fazem mais que sua obrigação diária.
Não desmereço os policiais, que trabalham arduamente para 'nos proteger', mas é que nessa carência tupiniquim por quem receba 'nossas' orações, qualquer um que aparecer serve. Aí vira herói.
O crime não está só na favela. O tráfico é a revolta popular banalizada é a demonstração de que algo vai errado dentro da casa de cada brasileiro, que vê tudo passando nessa caixinha mágica todo dia à noite, mas continua pensando que não passa de um filme.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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