domingo, 2 de agosto de 2009

A gente tem tanto, sabe tanto, mas no final das contas quem a gente é? O que realmente valeu a pena?
É meu filho que caminha pra mim, como um espelho. Eu ouço seus pensamentos. Calmamente ele se senta ao meu lado e me pergunta o que eu tenho pra lhe ensinar.
Eu tenho uma fortuna, sou conhecido e bem visto pela sociedade, tive uma vida relativamente feliz. Mas no final, o que eu tenho pra dizer pra ele?

Com a respiração pesada, olheiras, e o conhecido gosto de ressaca na boca eu acordo. Eu tenho 18 anos e ainda não sei quem eu sou. Grilos. Abro um livro de poesias que peguei emprestado da minha namorada. Ah, que vida vazia! E todas as lacunas viram poesia...


2 comentários:

  1. Esse pequeno texto dá margem pra tanta coisa... Tentarei ser sucinta.
    Ao paso que muitos visam e peregrinam em busca de riquezas e acúmulos de bem materiais, outros gastam fosfato planejando qual será a próxima aventura que estão a fim de experentar. Uma coisa é certa, depois que estivermos acamados por motivo de doença termianal ou quando definitivamenet morrermos, não há mais nada a se fazer ou deixar de fazer...
    Essa semana assisti o filme francês o Escafandro e a Borboleta e então pensei em relacionar um pouco do que está escrito no texto com o filme. Trata-se da história real de Jean-Dominique Bauby editor da revista ELLE após sofrer um AVC. E então ele se depara com uma realidade limitante e incapacitante, onde a única forma que possui para se comunicar é através do piscar de um dos olhos. Ele fica imaginando tudo o que poderia ter feito mas que não fez antes do AVC (A LIBERDADE, A BORBOLETA),e agora mesmo com fama, riqueza, o que lhe resta é imaginar e relembrar sem poder agir (O ESCAFANDRO).
    Não sabemso o que nos espera mas tmabém nao podemos viver desesperadamente num frenesi incontrolável sem responsabilidades e saindo por ai fazendo tudo o que der na telha.
    Nosso livro está sendo elaborado a cada dia, se a nossa história vale a pena ou não, depende de nós mesmos.

    Um abraço!

    Franzinha

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  2. Será se há alguma coisa que REALMENTE importa? O mais engraçado, é que no sonho eu ria do meu filho dizendo que ele também não teria nada para dizer para o filho dele...

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