Ainda hoje olhei para o céu e - até que enfim - consegui encontrar a constelação de escorpião, ela que teimava em se esconder de mim. Por muitas vezes eu consegui encontrar Antares, a estrela mais brilhante deste aracnídeo, entretanto as luzes da cidade ofuscam os outros astros.
As luzes da cidade ofuscam muitas coisas, a poesia por exemplo. A luminosidade e o entretenimento urbano nos extirpam a sensibilidade, a percepção, e ainda por cima atrofiam nossos outros sentidos, já que ficamos fissurados em ver, nos esquecemos de fechar os olhos e sentir os aromas, por exemplo.
Eu fico meio atordoado, de tanto pensar, de tanto ter que produzir críticas e juízos de valor todos os dias - e sobre tudo. Isso que nos é exigido, pen(s)ar. A era da racionalidade. Pra falar a verdade os seres humanos nunca foram de sentir mesmo, as luzes da cidade existem desde sempre.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
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