sábado, 11 de julho de 2009

Eu tenho mil olhos
fui eu que matei Argos,
eu vejo dentro de você e vejo dentro de mim.
Estamos na quarta dimensão,
e a poesia aqui é matemática.
Todos os seres alados foram mortos,
restou você, com suas asas derretidas, Ícaro.

O que fazer?
Suas escolhas se escondem de você,
sua voz dá vida aos medos e pesadelos,
o eco de seus gritos acorda todos os demonios,
você clama por ser ouvido, e isso é nojento.

Enquanto a noite você pensa em tudo,
eu sou o verme dentro de você.
Eu tenho mil olhos.
Poesia não deve ser apagada, nunca,
nem os erros de ortografia, é pecado.
Não consegue pensar?
Não.

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