Eu luto. Primeira pessoa do presente do indicativo do verbo lutar. Não a batalha cotidiana, porque dessa já estamos cansados de filosofar, mas a luta de punhos cerrados, a barreira que põe os humanos entre a animalização e a superioridade intelectual.
Para muitos a briga é apenas uma forma selvagem de reação, para mim se torna um estilo de vida.
Não quero humilhar alguém mais fraco, não quero causar dor em quem não se dispõe, muito pelo contrário... A dor te limpa, ela te mostra que você é apenas um humano, um mortal, a luta te mostra a vulnerabilidade, te mostra a fraqueza, por outro lado ela te mostra a força, a perseverança em resistir. Bater em alguem ou alguma coisa é, e sempre será, a melhor maneira de exteriorizar sua raiva.
Muitos acham tolice, muitos acham loucura, o certo é que a luta te aproxima da sua verdadeira essencia, o suor te mostra sua limitação, o cansaço te põe no chão como o inimigo mais forte do planeta, entretanto, não tem nariz quebrado nesse mundo que me impeça de ir para um outro 'fight'.
Luto, seja com luvas, seja sem luvas, seja com um saco de pancadas ou com outra pessoa, protegido ou não. E no fim da luta, apenas um aperto de mão, continuam amigos os participantes, e ninguem apanha e bate, mas os dois saem maiores do que entraram, saem gigantes, ansiosos para o próximo combate.
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As pessoas falam comigo: o q? vc faz Muay Thai? ta louca menina! sua mae sabe? q absurdo!...sempre as mesmas perguntas, as mesmas exclamações, o mesmo espanto e depois do susto inicial, os olhos brilhando la no fundo, acredito sinceramente q tdos nos temos um guerreiro dentro d cada um, por mais q as pessoas nao queiram assumir e pior, esconder a quaquer custo, somos mais movidos por instindo do que pelo nosso lado racional, prova disso nao nos faltam, basta prestar um pouco mais d atenção naquela parte do noticiario que curiosamente sempre desligamos a TV ou trocamos de canal..simplismente pq: ``essa parte é chata`` falo isso por experiencia propria! eu era assim, assumo pra qm quiser ouvir.. ate o dia em que eu movida por uma força maior (chame como quiser: instinto, curiosidade, sei la..) resolvi sair um pouco + cedo da aula pra assisti um treino d Muay Thai! foi meu primeiro contato com um tatame, a primeira atitude foi ficar em silencio, olhei em volta sem pressa, tirei a sandalia respirei fundo e pisei no tatame. Nossa! foi, e ate hj depois d um certo tempo ja de contato com o esporte,é uma sensaçao simplismente indescritivel! É uma mistura d garra, força, disciplina, concentraçao, reflexo, respeito e felicidade q ate me arrepiam! Levam a palavra ``LUTA`` associada a algo exclusivamente agressivo qm quer,ou talvez a qm seja ``mais conveniente`` ou, qm nunca teve o prazer d sentir o que eu e tantos outros praticantes d artes marciais
ResponderExcluirsentiu e ainda sente ao entrar num tatame ou num ring d verdade. A minha vida se dividiu em 2 fases: antes da luta e depois da luta e se querem saber, a segunda fase é a minha predileta!.. se nao entendeu ainda a importancia disso tdo, saia agora dai dessa sala deixe um pouquinho d lado o seu horario no salao de beleza e va conhecer um pouco mais sobre ``Lutas`` uma palavra tao pequena pra uma transformaçao tao grande!
Otimo texto Luks! ;)
EHEHE Lucas mandando ver, maravilha hein!!
ResponderExcluirEua credito que cada pessoa procura de alguma forma transferir sentimentos reprimidos que estão relacionados com o grau de capacidade intrínseca de 'lidar com eles'digamos assim. Uma dor (sentimental) latente,sensação de impotência, revolta, orgulho e também outros sentimentos, satisfação, ambição. Aquilo que nao conseguimos dizer, apontar, gritar, confessar, dialogar e compreender, até mesmo aceitar pode ser transformado em energia de compensação o que eu denomino. Seria aquela energia desprendida na luta, no esporte radical, no simples saco de pancada. Ou no teclado, no patins, na raquete, enfim. Geralmente a luta para os amadores digamos assim é uma sessão de descarrego e uma cura interior e na minha opinião, uma forma de você perceber o intuito que te leva a procurá-la.
LUTE MESMO LUKS,mas não esqueça que quem inventa a raiva somos n's mesmos.
FRANCIELLE ZANATTA