Há mais ou menos uns quatro meses eu descobri o que era viver sem sonhar, eu vivia sem sonhar, descobri que o ser humano que não sonha está morto, ou no máximo compõe um cenário da natureza, de uma pintura, emprestando seu corpo e vagando sua mente por coisas banais.
Gerações e mais gerações que nascem e morrem pelo mesmo objetivo, lutando pelas mesmas coisas que seus ancestrais, com medo de subir pela escada e pegar o precioso cacho de bananas. São pessoas mortas.
Enquanto eu vagar, por todo o tempo que for necessário, pelas ruas dessa empoeirada cidade, saibam que minha cabeça há muito tempo que nao está aqui, saibam que eu estou tão longe quanto podem imaginar, e quando menos esperarem nao mais estarei. Quando menos esperarem eu deixarei de ser apenas parte do cenário e me tornarei o artista.
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