Era um fim de tarde esmorecido na cidade de Sonholândia. Há uma hora ele permanecia na Praça do Lago, sentado, olhando para a lua que encontrara no céu. Tinha nas mãos uma faca.
Chamava-se Amor. Era um homem encantador e romântico. Levantava-se todos as manhãs para ver o nascer do sol e aproveitava-o para escrever poesias. Tinha olhos pretos cor de ônix e um sorriso de uma singeleza incomum, fazendo disparar corações e arrancar suspiros por onde passava. Ah, o Amor!
Três mulheres haviam cruzado seu caminho: a Beleza, a Loucura e a Ira. Seu primeiro beijo, inesquecível, foi quando pensava que seus olhos o indicariam a mulher perfeita. Chamava-se Beleza. Prendia-o com seus olhares, acorrentava-o em seus abraços e beijos. Ela o fascinava, fazia-o perder noites de sono. Eram dois apaixonados. No entanto, a Beleza era irmã da Inveja, que insistia em disseminar a infelicidade e as mágoas. Conseguiu, mas o Amor jamais se esqueceria de sua musa. Chorava sobre os poemas que escrevia e bastava avistá-la para que a nostalgia a trouxesse de volta.
Conheceu a Ira pouco tempo depois. Era uma mulher misteriosa, de sobrancelhas e cabelos vermelho-escuros. Complexa. Enigmática. Ele era o refúgio para sua fúria, enquanto ela, o fogo que o aquecia. Aquecia-o para inspirar-se, afugentar-se. Era também o fogo de sua cama, com seus avermelhados cabelos quentes. Eram encaixes perfeitos: um a ausência do outro. Na falta de paixão, foram dois anos de amizade. Os olhares mencionados nos versos ainda eram, embora ele se tentasse enganar, da Beleza. Sua musa indelével.
Conheceu a Loucura em um show. Era a primeira mulher que se esquecera de reparar em seus olhos cor de ônix. O Amor era orgulhoso (e ainda é!). Intrigava-o que aquela desconhecida sorridente só reparasse o cantor cabeludo da banda. Nem mesmo dava-o uma chance de mostrar que seus cabelos eram muito mais bonitos. Depois de cinco cervejas beijou-a de repente. Foi o melhor beijo de sua vida. E da dela. Só depois, no segundo encontro, ela conheceria a grandiosidade de seus olhos, e ele poderia reparar aquela do beijo inspirador, que de bela tinha muito pouco ou nada.
A Loucura só se preocupava em ser feliz. Era ousada, sorridente, decidida. Não fosse sua aparência, seria uma mulher apaixonante. O tempo providenciou o que o Amor mais temia: era mais que paixão, ele passou a amá-la. Amar de corpo e alma. Desesperadamente. Mas seus próprios olhos eram seus inimigos: avistava a Beleza e desmoronava, via a Loucura e desiludia.
Ainda olhava para a lua. A passos lentos, a Loucura chegava para o encontro na Praça do Lago. Cumprimentaram-se com um sorriso. Ele a abraçou e começaram a chorar. Já haviam conversado sobre aquilo. De um lado, o homem que amava pedindo que lhe furasse os olhos. Do outro, sua mãe, a Razão, implorando para que não o fizesse. Era arriscado. Podia matá-lo ou ser presa. Mas se optasse por não o fazer, a Beleza estaria sempre no caminho do Amor e em seus versos.
Olhou fixo em seus olhos. Aqueles mesmos pelos quais há oito anos se apaixonara. Não conseguia mover-se para furá-los. Era o dilema entre Amor e Razão. Deixou-se guiar por ele, aquele que renovava sua alma todos os dias e queria sofrer para amá-la por completo. Gemendo de dor, o Amor caiu no chão. A Loucura o abraçou e, entre palavras e prantos, repetia que o amava e que jamais o abandonaria.
Desde então o Amor é cego e a Loucura o guia.
Chamava-se Amor. Era um homem encantador e romântico. Levantava-se todos as manhãs para ver o nascer do sol e aproveitava-o para escrever poesias. Tinha olhos pretos cor de ônix e um sorriso de uma singeleza incomum, fazendo disparar corações e arrancar suspiros por onde passava. Ah, o Amor!
Três mulheres haviam cruzado seu caminho: a Beleza, a Loucura e a Ira. Seu primeiro beijo, inesquecível, foi quando pensava que seus olhos o indicariam a mulher perfeita. Chamava-se Beleza. Prendia-o com seus olhares, acorrentava-o em seus abraços e beijos. Ela o fascinava, fazia-o perder noites de sono. Eram dois apaixonados. No entanto, a Beleza era irmã da Inveja, que insistia em disseminar a infelicidade e as mágoas. Conseguiu, mas o Amor jamais se esqueceria de sua musa. Chorava sobre os poemas que escrevia e bastava avistá-la para que a nostalgia a trouxesse de volta.
Conheceu a Ira pouco tempo depois. Era uma mulher misteriosa, de sobrancelhas e cabelos vermelho-escuros. Complexa. Enigmática. Ele era o refúgio para sua fúria, enquanto ela, o fogo que o aquecia. Aquecia-o para inspirar-se, afugentar-se. Era também o fogo de sua cama, com seus avermelhados cabelos quentes. Eram encaixes perfeitos: um a ausência do outro. Na falta de paixão, foram dois anos de amizade. Os olhares mencionados nos versos ainda eram, embora ele se tentasse enganar, da Beleza. Sua musa indelével.
Conheceu a Loucura em um show. Era a primeira mulher que se esquecera de reparar em seus olhos cor de ônix. O Amor era orgulhoso (e ainda é!). Intrigava-o que aquela desconhecida sorridente só reparasse o cantor cabeludo da banda. Nem mesmo dava-o uma chance de mostrar que seus cabelos eram muito mais bonitos. Depois de cinco cervejas beijou-a de repente. Foi o melhor beijo de sua vida. E da dela. Só depois, no segundo encontro, ela conheceria a grandiosidade de seus olhos, e ele poderia reparar aquela do beijo inspirador, que de bela tinha muito pouco ou nada.
A Loucura só se preocupava em ser feliz. Era ousada, sorridente, decidida. Não fosse sua aparência, seria uma mulher apaixonante. O tempo providenciou o que o Amor mais temia: era mais que paixão, ele passou a amá-la. Amar de corpo e alma. Desesperadamente. Mas seus próprios olhos eram seus inimigos: avistava a Beleza e desmoronava, via a Loucura e desiludia.
Ainda olhava para a lua. A passos lentos, a Loucura chegava para o encontro na Praça do Lago. Cumprimentaram-se com um sorriso. Ele a abraçou e começaram a chorar. Já haviam conversado sobre aquilo. De um lado, o homem que amava pedindo que lhe furasse os olhos. Do outro, sua mãe, a Razão, implorando para que não o fizesse. Era arriscado. Podia matá-lo ou ser presa. Mas se optasse por não o fazer, a Beleza estaria sempre no caminho do Amor e em seus versos.
Olhou fixo em seus olhos. Aqueles mesmos pelos quais há oito anos se apaixonara. Não conseguia mover-se para furá-los. Era o dilema entre Amor e Razão. Deixou-se guiar por ele, aquele que renovava sua alma todos os dias e queria sofrer para amá-la por completo. Gemendo de dor, o Amor caiu no chão. A Loucura o abraçou e, entre palavras e prantos, repetia que o amava e que jamais o abandonaria.
Desde então o Amor é cego e a Loucura o guia.
ana (comentário sério), é um dos textos mais lindos que eu já vi! De verdade. Tem um "q" infantil, mas não se tornam crianças novamente os que encontram o amor? Sua imaginaçao e sensibilidade me assusta. E me fascina. =]
ResponderExcluiruma maneira singela de olhar para o amor, a loucura que o guia sem duvida é uma metafora excelente!!
ResponderExcluiro amor é irracional, é ininteligivel, e inconsequente. somos todos refens do amor... graças a deus!
Como diria Zé Ramalho 'sinônimo de amor é amar' e o que é amar? é ser louco! o amor mexe com a cabeça do ser humano e nos faz agir de maneira diferente...um tanto quanto louca! Mas amar é gostoso!
ResponderExcluirAnitchaa, parabéns pelo texto! nesse o professor te dah total ;)
Ana!
ResponderExcluirAmei seu texto!
Muito³²¹²³¹²¹³²¹³² bom mesmo!
=D
E o blog de vocês tá, como sempre, ótimo.
bjo
Anninha que lindo!!! nossa to besta de tao lindo q é sse texto mto mes...
ResponderExcluirconcordo com vc linda
o amor so poderia ser cego mes para suportar td sem ver a quem...
te adolo bjao
Anaah!
ResponderExcluirQue texto lindo!
Amei!! ;)
E seu blog tah perfeito tbm!
Parabéns!!
Saudade!
BjOo!