sábado, 15 de março de 2008

A lenda da Papisa

A Igreja é uma instituição que, desde sua origem, assume uma posição machista e de enorme preconceito contra as mulheres e, pra piorar, explicam-no com base na bíblia. A submissão a que a bíblia se refere é equivocadamente interpretada como preconceito. Isso é incoerente, pois a própria bíblia o condena.
Nas escolas, o feminino de Papa nos é citado, mas não chegam a exemplificar alguma mulher que governou a Igreja. Por incrível que pareça, pode ter existido uma papisa.
A Papisa Joana teria sido a única mulher a governar a Igreja, segundo uma lenda que circulou na Europa por muitos séculos. Porém, muitos historiadores a consideram fictícia, possivelmente originada por uma sátira anti-papal.
A lenda teve origem no final do século IX, mas outros situam o papado de Joana até dois séculos e meio antes, coincidindo com uma época de confusão na diocese de Roma. Há várias versões da história. A mais conhecida delas afirma que Joana nasceu em Mainz, na Alemanha, filha de um casal inglês que ali morava. Quando adulta, apaixonou-se por um monge e ambos mudaram-se para Roma. Para evitar o escândalo que aquela relação poderia causar, Joana passou a vestir roupas masculinas e ser conhecida como um monge chamado Johannes Angelicus. Depois, Joana conseguiu ser nomeada cardeal, quando teria ficado conhecida como João, o Inglês. Segundo as fontes, no dia 17 de Julho de 855, o papa Leão IV faleceu. João foi eleito papa por unanimidade, em virtude da sua inteligência.
Joana engravidou e conseguiu disfarçar essa gravidez, mas acabou sentindo as dores do parto em meio a uma procissão e deu à luz perante a multidão.
As versões também divergem sobre esse ponto. Para alguns ela foi amarrada em um cavalo e apedrejada até a morte. Para outros, Joana teria morrido devido a complicações no parto, enquanto os cardeais ajoelhavam-se, clamando: “Milagre, Milagre!”
Muitas controvérsias existem sobre essa história. Alguns historiadores tornaram-se partidários de sua veracidade, outros a contestaram como pura invenção. Por outro lado, céticos afirmam que não passa de um mito surgido em Constantinopla, devido ao ódio alimentado pela Igreja Ortodoxa em relação à Igreja Romana. O objetivo era a desmoralização da igreja rival.
É possível que a dita lenda seja real, afinal, os letrados da época, que eram os religiosos, eram interessados em negar a aparição escandalosa de uma mulher no trono da igreja, devido à misoginia característica da época. Uma possível evidência é o decreto que foi publicado pela corte de Roma, proibindo que se colocasse Joana no catálogo dos papas.
Para efeito de curiosidade, essa história ficou imortalizada em um mistério do Tarot, “A Papisa”, carta que representa a sabedoria, o conhecimento, intuição e a chave dos grandes mistérios. A carta retrata uma mulher que foi exceção de sua época, quando as mulheres eram privadas de conhecimento e consideradas inferiores.
Mas os tempos são outros. Felizmente.

2 comentários:

  1. tah insppirada hein!
    demora de postar, mas quando começa tambem...

    =)

    eu nao sabia dessa historia de papisa nao! mmuito interessante mesmo

    nao para de postar nao ana.

    luks tamoios

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  2. Eu jah li sobre essa história em um livro sobre grandes mistérios e realmente, a Igreja esconde isso de todos.


    Vc foi muito feliz na sua postagem, Ana! =DD

    Escreve mais, gostei dos textos! ;)
    bejooo
    bruno

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